
No “Janeiro Roxo”, que marca o mês de conscientização sobre os cuidados e a prevenção da hanseníase, a Secretaria da Saúde (Sesa) reforça a necessidade de atenção, mobilização e combate à doença. As ações do Janeiro Roxo também visam lembrar da importância do diagnóstico precoce e do tratamento que é ofertado de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além da luta contra o preconceito.
O Programa Estadual de Controle da Hanseníase desenvolve um conjunto de ações fortalecedoras do trabalho de vigilância epidemiológica da hanseníase, com a promoção da saúde baseada na educação permanente e na assistência integral.
O enfrentamento da hanseníase é feito a partir do diagnóstico precoce, do tratamento oportuno de todos os casos diagnosticados, além da vigilância dos contatos domiciliares e sociais (pessoas que estejam ou estiveram em contato muito próximo e prolongado com o doente).
“A hanseníase tem cura e o tratamento é ofertado gratuitamente pelas unidades de saúde do SUS. Mas, se a doença não for tratada, há riscos de complicações graves. Os pacientes precisam se dirigir aos serviços especializados e seguir as orientações da equipe de saúde para que se obtenham os melhores resultados de tratamento e controle da doença”.
A técnica destacou ainda que o diagnóstico precoce da hanseníase interrompe a cadeia de transmissão e evita novos adoecimentos, além de realizar a reabilitação nos casos em que ocorra eventual sequela da doença.
Os sintomas mais comuns são manchas com perda ou alteração de sensibilidade para calor, dor ou tato; formigamentos, agulhadas, câimbras ou dormência em membros inferiores ou superiores; diminuição da força muscular; dificuldade para pegar ou segurar objetos, ou manter calçados abertos nos pés; nervos engrossados e doloridos; e feridas difíceis de curar, principalmente em pés e mãos.
A hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa, de evolução crônica e causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Atinge principalmente a pele, as mucosas e os nervos periféricos, com capacidade de ocasionar lesões neurais.
O diagnóstico é feito com exame físico, teste de sensibilidade (térmico, doloroso e tátil) e exames laboratoriais específicos.
No Sistema Único de Saúde, o tratamento farmacológico da hanseníase é feito com poliquimioterapia única (PQT-U), que associa três fármacos: rifampicina, dapsona e clofazimina.
Após as primeiras doses, o paciente já não transmite mais a doença. Porém, é necessário concluir adequadamente o tratamento para que ocorra a cura e para evitar o retorno da doença, novas contaminações e a resistência aos antimicrobianos.